domingo, 4 de maio de 2014

CHÁ VERDE




Alimentos como biscoitos, bolos, tortas doces e salgadas, pizzas e pães feitos com farinha branca são a perdição de muita gente. Tais alimentos possuem carboidratos de rápida absorção, os quais estimulam o estoque na forma de gordura, principalmente na região abdominal. Por isto, uma das estratégias para quem quer perder peso é reduzir o consumo dos mesmos. Estudo publicado esta semana no New England Jornal of Medicine comprova justamente isto. Durante a pesquisa 772 famílias européias foram acompanhadas por 8 semanas. Foi proposta uma dieta hipocalórica para cada um dos indivíduos. As dietas diferenciavam-se da seguinte forma:
Tipo 1 - Pouca proteína (13% das calorias) e dieta com alto índice glicêmico (rica em carboidratos refinados)
Tipo 2 - Pouca proteína (13% das calorias) e dieta com baixo índice glicêmico. 
Tipo 3 - Muita proteína (25% das calorias) e dieta com baixo índice glicêmico
Tipo 4 - Muita proteína (25% das calorias) e dieta com alto índice glicêmico
Tipo 5 - Dieta hipocalórica padrão sem nenhuma restrição quanto ao tipo de carboidrato
Foi observado que 548 adultos (71% da amostra inicial) conseguiu seguir a dieta sendo que o grupo 3 foi o mais bem sucedido. O pior resultado foi dos participantes do grupo 1, sendo que foi o grupo que mais ganhou peso após o término do período de estudo. Os pesquisadores concluíram que um modesto aumento na quantidade de proteínas na dieta e a redução dos carboidratos de alta absorção é uma estratégia fundamental para a perda e para a manutenção do peso perdido. 


Outra etapa do estudo envolveu as crianças destas famílias. O estudo a ser publicado na revista Pediatrics mostrou que as crianças que seguiram o mesmo padrão dietético dos pais com a dieta do tipo 3 normalizaram o peso, mesmo que não tenham contado calorias. Isto porque carboidratos de baixo índice glicêmico e proteínas conferem mais saciedade do que carboidratos de absorção rápida, o que fez com que as crianças diminuíssem o consumo de calorias ao final do dia. 
 
Pesquisadores do instituto de pesquisas médicas de Queensland mostraram que o consumo de pelo menos 4 xícaras de chás (preto, verde ou de ervas) ajuda a diminuir o risco de câncer de ovário. em quase 30%. Durante a pesquisa foram entrevistadas aproximadamente 2.700 mulheres australianas sobre estilo de vida, dieta e hábitos de consumos de bebidas como os chás. O estudo publicado na revista Cancer causes & control aponta os antioxidantes presentes nos chás como as substâncias responsáveis por este efeito protetor.
Uma nova pesquisa confirmou que as catequinas, substâncias antioxidantes, encontradas no chá verde conseguem penetrar nos tecidos oculares (lente, retina e outros) combatendo doenças nos olhos, como o glaucoma.  O estudo aparece na edição de janeiro de 2010 do Journal of Agricultural and Food Chemistry e foi realizado com ratos. Após a análise dos tecidos ficou comprovado que a gallocatequina atravessa muito bem a retina, enquanto a epigallocatequina atravessa melhor o humor aquoso. De qualquer forma foi observado que o efeito destas substâncias na redução do estresse oxidativo durou até 20 horas após o consumo do chá. 


Para saber mais: Thomas Meinert Larsen, Stine-Mathilde Dalskov, Marleen van Baak, Susan A. Jebb, Angeliki Papadaki, Andreas F.H. Pfeiffer, J. Alfredo Martinez, Teodora Handjieva-Darlenska, Marie Kunešová, Mats Pihlsgård, Steen Stender, Claus Holst, Wim H.M. Saris, Arne Astrup. "Diets with High or Low Protein Content and Glycemic Index for Weight-Loss Maintenance.". N Engl J Med, 2010; 363:2102-2113, Publicado online no dia 25/11/2010.

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